terça-feira, 16 de dezembro de 2008

MACACOS-GORILAS-PRIMATAS




































Macacos e Bebês Distinguem Línguas

Estudo publicado na "Science" pode fornecer pistas sobre a evolução da linguagem
Os recém-nascidos e os macacos conseguem distingüir línguas diferentes, apesar de não perceberem o significado das palavras, concluiu um grupo de cientistas franceses e norte-americanos, que publicou os seus resultados na revista "Science". A percepção do ritmo da linguagem pode, deste modo, não ser uma capacidade exclusiva dos humanos, mas apenas mais uma característica partilhada entre os primatas e os humanos, que se manteve ao longo da história da evolução da linguagem. O estudo foi realizado por uma equipe liderada por Jacques Mehler do Centro Nacional de Investigação Científica em Paris, na França e por um outro grupo de cientistas, conduzidos por Frank Ramus, do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard nos EUA.
Humanos recém-nascidos e tamarins cabeça-de-algodão (uma espécie de macacos da América do Sul) foram habituados à voz de quatro mulheres holandesas e outras quatro japonesas, que se alternaram na leitura de 20 frases diferentes. Para testar as reações dos bebês, os cientistas observaram as alterações na intensidade de sucção das chupetas e mamadeiras, enquanto que no caso dos tamarins foi observada a mudança (ou não) dos olhares para os alto falantes de onde saíam as vozes.
Os investigadores concluíram que os tamarins e os bebês são capazes de distingüir o holandês do japonês, mas os macacos reagiram mais facilmente à mudança de voz, deixando em aberto a possibilidade de estes animais serem mais sensíveis à fonética do que à pronúncia das palavras (prosódia).
Num outro tipo de teste, em que se ouviam as frases de trás para a frente, os bebês e os tamarins não diferenciavam o holandês do japonês, o que pode indicar uma proximidade na forma como os primatas e os humanos têm percepção da linguagem. Os humanos podem ter um nível de análise mais abstrato, refere ainda o estudo, porque os bebês mostraram maior sensibilidade ao ritmo da linguagem, enquanto que os tamarins reagiram primeiro aos contrastes de vozes.







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